Revista TriploV DE Artes, Religiões e Ciências

Direção|Maria Estela Guedes & Floriano Martins

PÁGINA INDEX Número 03|Janeiro de 2010

  NÚMERO 03

JANEIRO 2010

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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RISOLETA PINTO PEDRO

TRADIÇÃO, MODERNIDADE

E PROGRESSO

Esta reflexão foi elaborada sob o signo da dúvida, já que cada vez mais me interrogo pessoalmente sobre as reflexões, sempre provisórias, sempre subjectivas, sempre incompletas. Acredito mais no absoluto, intemporal rigor da poesia. Ao iniciar a escrita, tendo aberto um livro contendo algumas reflexões de Blawatsky sobre a forma de calendário, deparei-e com o seguinte aforismo:

Que é, afinal, uma “autoridade” sobre qualquer questão? Nada mais do que um jacto de luz sobre dado objecto, projectado através de uma simples fresta, mais ou menos ampla, iluminando-o “de um só ângulo”.

Ora, considerando que não sou nem de perto nem de longe, uma autoridade sobre qualquer questão e muito menos sobre esta, penso que qualquer equívoco relacionado com alguma afirmação, ainda que involuntariamente mais dogmática, fica assim relativamente salvaguardado.

A tradição e a modernidade são duas faces de uma mesma moeda estabelecendo entre si uma relação especular: moderno é tudo o que se demarca em relação àquilo que permanece como tradicional, tal como tradicional é tudo o que se demarca em relação àquilo que se apresenta como moderno.

O que não invalida que a tradição possa ser de uma modernidade absoluta, por intemporal. O contrário já não me parece ser verdade.

Tradição é, segundo o dicionário, “transmissão oral dos factos, lendas, dogmas, doutrinas, ritos, costumes, etc, de geração em geração.”

Moderno será o “que existe há pouco tempo; que ocorreu recentemente”.

E Progresso é definido como o “movimento para diante, aperfeiçoamento, melhoramento. E também “Evolução gradual de um ser ou de uma actividade”.

Há que dar atenção a esta característica de “gradual” que muito tem a ver com certas ordens iniciáticas, onde é por graus que as aprendizagens vão sendo feitas.

Cito, a este propósito, um excerto de uma crónica de Miguel Sousa Tavares do dia 1 de Janeiro do ano 2000, in Público:

“O erro de entender a passagem do milénio como um marco, o erro dos milenaristas e de todos os fanáticos dos números redondos, é acreditar que a continuidade se estabelece por rupturas e não por fusões sucessivas”

Ora, assumindo-me como incorrigível e romântica milenarista e fanática de números redondos, não posso deixar de pensar que ele tem alguma razão naquilo que afirma, apenas lhe faltando a capacidade para fazer a grande fusão que defende, que é a fusão entre ambos os processos, é entender que o crescimento se processa de ambas as formas, por rupturas e também por fusões. Recusar-se a ver a ruptura é ficar-se também por uma forma excessivamente romântica e idealista do crescimento e da evolução. Se a ruptura não existisse, nem sequer teria nome. Não é isso ao fim e ao cabo a passagem de grau? Ao mesmo tempo a união entre a ruptura e a fusão, num acto de infinito amor.

Continuo a citar Sousa Tavares na sua reflexão em torno de uma das mais importantes descobertas do milénio, a perspectiva no desenho:

“A condenação de Galileu é o último marco simbólico na tentativa de impor à vontade de conhecimento dos homens o terror de Deus. A partir daí, abre-se o horizonte, e o homem descobre, contra o mundo fechado que lhe propunham, a fascinante visão da profundidade.”

Continua a ser verdade o que diz, mas parece-me também que continua a ser excessivamente parcelar, pois se o homem descobriu na pintura a visão da profundidade, não conseguiu ainda transpô-la para a vida, pois apenas escondeu o terror de Deus com o terror de si próprio, no que se substituiu perfeitamente ao terrível, ameaçador e catastrófico Deus do Antigo testamento. A questão não estava em substituir um terror e um orgulho divinos por outro de rosto mais humano mas igualmente desfigurado e monstruoso, mas em substituir o terror, pelo amor. O caminho para isso? Parece ser esta via sacra em direcção ao progresso, feita de rupturas e fusões que a humanidade vem protagonizando, mas adquirindo cada vez mais consciência do processo. Os graus iniciáticos podem ser uma das formas de aumentar essa consciência.

Habituámo-nos a dividir o progresso em três categorias: intelectual, cultural e material, sendo o primeiro o domínio da mente sobre os problemas e as realidades da vida, o cultural, que tem a ver com a dedicação à função do belo e do verdadeiro na vida, e o material preocupado com a obtenção dos bens indispensáveis a todos os homens.

Talvez o problema venha mesmo daí, desta separação e parcelamento da própria essência.

No entanto, esta ideia de progresso não é uma ideia de sempre. Os Judeus sempre se preocuparam mais com o paraíso antes da queda, os gregos e os romanos com a idade de oiro, e todos os messianismos  de tipo judaico em restaurar as glórias passadas.

O cristianismo superou a concepção judaica, mas transportou-a para fora deste mundo. Bacon e Descartes terão sido os primeiros a sugerir que a sorte da humanidade poderia melhorar perante a aplicação da ciência aos problemas humanos. O século das luzes foi o maior defensor do progresso, associando-o à razão. Hegel, através da concepção dialética da história da tese, antítese e síntese.

Há que não esquecer Darwin e o evolucionismo, assim como os ideais marxistas e a filosofia materialista da história.

As duas guerras mundiais, os fanatismo das religiões e o insucesso, quer do marxismo quer do capitalismo e do liberalismo, vieram devolver à humanidade do século XX algum cepticismo em relação à confiança na inevitabilidade do progresso. Surge então a ideia de mudança social contendo o conceito de decadência que actualmente se associa à cultura ocidental.

Do universo tranquilizador e fixo do século XVIII, ao do século XX probabilístico, descontínuo, diferentemente interpretável, regido por um tempo e um espaço que não são absolutos, vai um abismo.

E no entanto, o universo é o mesmo. O que terá mudado? Apenas o nosso olhar. Foi nos olhos e depois nas mãos, que encontrámos a modernidade. O que mudou foi a nossa explicação para o universo, porque as pessoas e os fenómenos são os mesmos. Como no momento da iniciação. Dizem as várias tradições que a primeira revelação que o iniciado tem é a do olhar, quando os olhos são desvendados e a luz resplandece. Depois, é-lhe pedida a pureza das intenções é muito perigoso o contacto com o poder da luz. Muito teríamos a aprender com isto, nós profanos.

A modernidade é o novo olhar, o progresso são as mão limpas.

E no entanto, neste universo que a ciência ocidental veio moldando com um homem em que a consciência da alma veio sendo quase exclusivamente subordinada à da matéria, neste homem dividido, algo está a mudar. Grandes cientistas vêm-nos dando lições importantes. Bohr escolheu para símbolo o yin-tang taoista, Pauli, face à generalidade e equilíbrio do modelo atómico aplicado aos corpos animados e inanimados, acreditou na “anima mundi”, e Einstein afirmou que o princípio orientador de qualquer obra científica é um sentimento em tudo semelhante ao que anima os espíritos tutelares religiosos em todos os tempos.

Damásio contrapõe ao “Penso, logo existo” o “Sinto, logo existo.”. Estamos em tempo de mudança.

Na segunda metade do século XX deixámos para trás a solidez das ciências experimentais da física, da química, da biologia, e a subserviência dos filósofos do século XIX a estas, e com duas guerras para digerir, a velocidade vertiginosa da contemporaneidade, a subserviência do homem à própria máquina que criou, a competitividade e o desencanto da sociedade pós-moderna predispuseram a filosofia e a ciência a um novo encontro. Após um passo de afastamento, estes companheiros reencontram a caminhada conjunta.

Caminharemos finalmente em direcção ao progresso?

Popper considerou a tradição, a intriga e a imaginação intelectuais, como fontes do saber. E acrescenta que não existe uma fonte derradeira do conhecimento. Diz: “Qualquer fonte, qualquer achega, é bem vinda, muito embora seja também objecto de verificação crítica.”

Ora, não é isto, por outras palavras, o que procuramos fazer no trabalho interior? Isto é: aceitar todas as contribuições como participação de direito mas não definitivas?

Na sociedade pós-moderna habituámo-nos a associar por vezes a técnica a uma certa forma de escravização, logo, ao contrário do progresso, porque assistimos justamente à escravização do humano. No entanto aí vem a aproximar-se uma sociedade que não sabemos ainda como designar, mas onde a ciência e a técnica poderão ajudar a aproveitar as possibilidades de libertação que a superindustrialização nos oferece para nos desenvolvermos harmoniosamente como seres individuais e sociais.

Não se trata já apenas de uma questão de qualidade, mas de sobrevivência, que nos obriga a abandonar a velha, mas não morta, visão dicotómica.

A noção de homem simbiótico compromete o crescimento e o desenvolvimento do ser humano com o crescimento e o desenvolvimento de outros seres, animais e vegetais, a natureza, a terra, mas também os objectos e as máquinas, igualmente merecedoras da nossa compaixão, já que estão inocentes da responsabilidade da sua criação, a qual nos cabe exclusivamente.

Fala-se agora em meta-ciência, ciência ética, ou, como diz Raquel Gonçalves com graça, a “Moral da História”, uma ciência culta, filantrópica, mas mais que isso, amiga de todos os seres, animados e não animados, visíveis e não visíveis, uma ciência integrante, consciente, reflexiva e ética, com objectivos culturais e não económicos, que sirva a inteligência do universo e não as potências económicas.

É momento propício para acolher o pensamento de um filósofo como Levinas, judeu nascido na Lituânia em 1906, que rompe com a tradição filosófica que de Platão a Hegel fazia percorrer ao “Outro” o caminho até ao “Mesmo” através do saber/poder do pensamento. Estes filósofos, ao pensarem o outro queriam neutralizar a sua alteridade. Pensamentos de totalidade, pensamentos totalitários? Levinas coloca o momento ético (encontro com o outro) antes do ontológico (triunfo do ser) e demarca-se também do pensamento heideggeriano que amarrava o Outro ao Ser.

O Outro é outro: seria este o grande espanto, o primeiro e o último, de Levinas. É sobre esta afirmação que ele edifica a sua filosofia que pretende “sabedoria do amor ao serviço do amor”.  Esta proposição/definição exprime uma exigência: se a filosofia quer compreender a humanidade – o humanismo – do homem, ela deve, sem vergonha nem ênfase, colocar-se “ao serviço” deste mistério – o Outro -, deste milagre – o amor -, não pretender mais que uma generosidade  do Mesmo em relação ao Outro e uma ingratidão do Outro em relação o Mesmo. Porque a “gratidão seria precisamente o retorno do movimento à sua origem”, o Humanismo do outro homem.

 A moral da sua filosofia enuncia pois um sim ao Outro. Sim à sua ausência. Sim à fraqueza do pensamento. Sim à sua indiferença. Sim à renúncia. Sim ao meu sofrimento pelo outro e sim à minha morte. Sim ao bem do outro. Sim ao sacrifício e à dádiva. Sim ao amor e à moral do amor.

O tema é tão lato que poderíamos levar o resto da vida a reflectir sobre ele e não chegaria. Até porque se pode aplicar a todas as áreas da nossa existência.

Vejamos um tema aparentemente tão comezinho como é o do vestuário: Grande parte da protecção que nos é oferecida pela roupa parece ter uma raiz mais mágica e simbólica do que real. Não me refiro apenas às imagens e aos amuletos, mas aos seus substitutos, as gravatas suspensas no peito, as pulseiras, as actuais tatuagens no corpo. A necessidade, ainda que inconsciente, de perpetuar símbolos antigos leva-nos a pensar que o ser humano não quer ou não pode abdicar da tradição, mesmo num nível ainda considerado tão pouco nobre, como o vestir. O vestuário ou os paramentos simbólicos na sua relação com as energias mais subtis dos chacras. Pensemos na simbologia do vestir. Não deveríamos nunca envergar o nosso vestuário sem nos relacionarmos com este acto em termos simbólicos, ignorando a alteração que o gesto tem a capacidade de trazer ao nosso corpo e consequentemente à nossa vida, ele pode ser uma verdadeira ponte entre a tradição e o progresso através de um pensamento verdadeiramente moderno, quer dizer, abrangente, complexo, unificador no verdadeiro sentido, isto é, um pensamento onde a tradição e o progresso se fundam numa mesma coisa.

É esta a moderna alquimia, a renovação do antigo, transmitindo-lhe uma nova vida à luz da modernidade.

Os alquimistas medievais procuravam aquilo a que chamavam a Quinta Essência, um espírito subtil expandido por toda a natureza e que se vinha juntar aos quatro elementos. Todas as destilações que eles tinham feito de muitos corpos para extrairem o “espírito” tinham falhado o isolamento desta Quinta essência.

É a alquimia luliana que a atinge, ao descobrir que o álcool, a aguardente que ela acabava de purificar, se revelava capaz de extrair das plantas várias espécies de substâncias aromáticas voláteis. Bastava para isso que esta aguardente, da qual o operador testava o grau de purificação pela sua inflamabilidade, atingisse um estado de grande pureza.

Pierre Lazlo, grande químico contemporâneo, chama a atenção para a cada vez maior intercomunicação entre as ciências e a não ciência, entre as técnicas e a não-técnica, e a filosofia, e desta, recentemente, a ética, assim como uma perspectiva social e verdadeiramente humanista de onde os outros seres não sejam arredados.

Diz ele: “Reabilitar a Alquimia como uma verdadeira ciência de onde a química moderna muito herdou, quer se trate de conceitos quer de procedimentos.[...]”

Aliás há que não esquecer o fascínio que a alquimia sempre despertou, mais ou menos assumidamente em alguns cientistas, desde a actividade alquímica secreta de Newton, aos processos ainda hoje utilizados, a destilação, o reconhecimento e a união dos contrários. Foram de alquimistas os primeiros laboratórios conhecidos.

 

É esta alquimia que temos hoje que redescobrir, sendo que o processo é cada vez mais o de ligar a consciência aos apelos e às pulsões do inconsciente.. Se não temos um laboratório de alquimista, temos as nossas cozinhas, se não temos retortas, temos os nossos corpos, se não temos o espaço para o recolhimento, temos a alma, sempre pronta a acolher-nos quando não nos esquecemos dela. É esse o nosso laboratório; não nos esqueçamos de trabalhar primeiro a pedra sobre que ele assenta, nós próprios, porque todos os ideais de purificação tendo como alvo o exterior nunca deram bons resultados. Há que virarmo-nos para o próprio observador e fazer a grande alquimia de transformá-lo em observado. Aí veremos reflectido o mundo, com as suas virtudes e os pecados, porque tudo está em nós, microcosmos de tudo o que existe, por isso mais responsáveis do que ninguém.

A via é a do estudo e da meditação para uma maior consciencialização do processo evolutivo até aos nossos dias, para atingirmos pelo menos alguns laivos de compreensão que nos impeçam de acreditar que tudo o que existe foi descoberto por nós, quando afinal não passamos de herdeiros que pouco fizeram para merecer a riqueza recebida.

 

É conhecida de todos a cada vez maior aproximação das novas descobertas da ciência a um saber tão antigo que ignoramos de onde vem, embora, por comodidade, nos tenhamos habituado a atribuí-lo a Hermes Trimegisto, o símbolo do grande saber oculto, com os seus aforismos.

A tradição é tanto mais válida quanto faz de nós seres modernos na acepção da palavra que nos interessa, quer dizer, esclarecidos, conformes e vibrantes com o nosso tempo, anseios e necessidades.

E ela é tanto mais válida quanto mais recua, como se a distância a limpasse.

 

A tradição é o lugar  para onde nos é permitido o movimento de recuo necessário a um olhar distanciado, ou crítico, sobre a modernidade. E se o que está em cima é como o que está em baixo, talvez a modernidade seja uma certa forma de manter viva a tradição e aquela seja a chama viva intuitiva e inteligente com que a humanidade sempre se antecipou ao seu próprio futuro.

A tradição traz mais consciência à modernidade, logo, mais progresso.

O progresso surge quando da luta entre a tradição e a modernidade nenhuma é completamente derrotada e o equilíbrio irrompe.

Sendo nós seres em trânsito entre milénios, no patamar entre o passado e o futuro (privilegiados que somos), é profundamente conscientes dessa condição de seres de passagem que olharemos e escutaremos, com uma particular atenção à reunião das coisas antigas e das outras que estão ainda aí (permanentemente) a nascer e que apenas poderemos reconhecer em pequenos e instantâneos sinais.

Procuraremos ouvir no som das sirenes de Álvaro de Campos ou nas campainhas/flores olhadas por Alberto Caeiro o eco dos estranhos e desconcertantes sons que aí se vêm instalando por vias virtuais.

Não queremos alienar-nos, nem do som arcaico do vento ou do velho gongo do cinema antigo nem da vibração electrónica das tecnologias em permanente mudança. Queremos tudo. Que nos sintamos tão felizes e tão nosso meio, na nossa cozinha como ao volante de um carro, ou sob a abóbada de um templo, como mergulhando nas sensuais e acariciadoras páginas de um livro ou navegando nas águas da internet, passeando com uma flor numa mão e na outra uma disquete, por entre peças de arte que queremos ver por aí expostas em todo o lado para que nos transportem até ao mais fundo de nós mesmos através do som cavo do inconsciente.

Para isso contaremos com todos, pois a lógica do futuro não é exclusiva, mas inclusiva.

Na ainda recente mágica e tão real quanto virtual passagem para um novíssimo e polémico milénio que ainda não tinha chegado e já despertava paixões e acendia discussões acerca da data do seu nascimento (2000 ou 2001?), é com o precioso sentido da relatividade das coisas e das datas e de tudo que o iniciamos, o que já não é mau. Assim há esperança de nos irmos aproximando do progresso. Mais importante que o rigor do número é o sentimento, e este sentimento de entrar numa nova fase da vida da humanidade é rigorosamente mágico.

Fica a esperança que este homo sapiens a que a tradição nos habituou possa assim passar pelo moderno tecno sapiens em que se vem transformando sem que se destrua, mas que continue a sua caminhada rumo ao progresso, isto é, àquilo que gostaríamos de poder vir a designar um dia como o homo amorosus.

 
BIBLIOGRAFIA

POIRÉ, François, Emmanuel Lévinas, Qui êtes-vous?, Ed. La Manufacture, 1987

ELIADE, Mircea, O mito do eterno retorno, Ed. 70

WINIFRED, Parley, O Calendário da Sabedoria, Colectânea de citações de H.P. Blavatsky, Ed Pensamento

CIORAN, E.M. História e Utopia, Bertrand Editora, 1994

LAZLO, Pierre,  O que é a Alquimia? Trad. de Raquel Gonçalves, Ed. Terramar, 1997

Risoleta C Pinto Pedro (Portugal, S. Vicente e Ventosa, Elvas
Publicou até hoje, na ficção:  A Criança Suspensa, Prémio Ferreira de Castro, 1996, O Corpo e a Tela, Hugin, O Aniversário, Prémio Revelação APE/IPBL 1994, Ficção, Difel, 1998, O Arquitecto, Hugin, Venite In Silentio, Unicepe, Porto, Setembro de 2004, que destaca, entre outros. Foi também premiada na poesia pela Sociedade de Língua Portuguesa, escreveu teatro, canções,  libretos de ópera, cantata, musical, texto para banda desenhada. Fez crónica (“Quarta-Crescente”) para o Programa “Despertar dos Músicos” na Antena 2. Continua a publicar as suas crónicas regularmente em periódicos generalistas, literários e de artes plásticas em suporte papel ou em páginas na internet.
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